Como estimular pessoas a propor idéias [hipóteses] inovadoras? Das velhas caixinhas colocadas nos escritórios para que as pessoas depositem suas ideias em pedaços de papel aos encontros semanais para café da manhã com o time. Vez em quando aparece uma nova ideia de como gerar ideias.

Por trás de cada uma dessas práticas citadas no último parágrafo estão dois princípios de geração de ideias. Algumas dessas práticas, como o tal café da manhã com o time é baseado no debate oral. Outras dinâmicas utilizam a escrita como forma de comunicar ideias. Aqui apresentamos o brainstorming [a oralidade] e o brainwriting [a escrita], técnicas para geração de ideias.

a tradição da oralidade

brainstorming

A técnica de brainstorming é muitas vezes confundida pelas pessoas com o ato de gerar ideias em grupo, seja do jeito que for, tudo é brainstorming.

É claro que não é assim, o brainstorming é uma técnica para geração de ideias em grupo que se utiliza da oralidade. Na década de 1950, Alex F. Osborn publicou uma série de livros sobre criatividade e imaginação. Em um deles, Applied Imagination, ele descreve a técnica de brainstorming.

Basicamente a técnica propõe que as pessoas se reúnam em grupos para propor ideias livremente, sem críticas e com liberdade para propor ideias fora da caixa, mesmo quando parecer absurda. No decorrer do processo, as ideias vão naturalmente se agrupando até chegar a um conjunto de ideias principais para tratar o problema em questão.

Desde Osborn, muitas modificações foram propostas para o brainstorming, algumas variações acabaram se tornando populares, como brainstorming invertido, onde as pessoas propõem as piores ideias possíveis para um problema com a intenção de destravar o grupo antes de buscarem realmente tratar ideias adequadas ao problema.

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a tradição da escrita

brainwriting

A possibilidade de usar a escrita como a base de um processo de geração de ideias em um grupo de pessoas de maneira simultânea aparece pela primeira vez na década de 1960 em uma publicação alemã [Absatzwirtschaft ] no artigo de Bernd Rohrbach.

A proposta inicial, com o nome de 6-3-5 Brainwriting, propõe uma dinâmica rigorosa de controle de tempo para geração de ideias. Na proposta de Rohrbach, os grupos devem ser formados por 6 pessoas e um coordenador. Ao iniciar a seção de brainwriting, cada participante tem 3 minutos para registrar até 5 ideias em uma folha de papel. Em seguida, cada pessoa passa o seu papel para a pessoa a sua direita e todos tem mais 5 minutos para comentar as ideias que estão no papel, propondo ajustes ou novas ideias complementares. Esse ciclo se repete até que o primeiro papel de cada pessoa tenha voltado para ela.

Ao final desse processo, que dura aproximadamente 30 minutos, cada pessoa lê as propostas que estão no seu papel e consolida as ideias em uma hipótese mais estruturada.

Apesar do objetivo similar ao brainstorming, o uso da escrita amplia a oportunidade para que todos proponham suas ideias, mesmo aquelas pessoas mais reservadas, que normalmente tem dificuldade em tomar o turno em debates orais.

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Este texto foi escrito pelos professores Silvio Meira e André Neves

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