Assente numa rede colaborativa, as wikis proporcionam inúmeras vantagens que podem ser incorporadas no âmbito educativo. De acordo com Junior & Coutinho (2008), os alunos têm a possibilidade de interagir de forma dinâmica com os seus colegas, partilhando os seus conhecimentos nestas estruturas colaborativas. Estas comunidades de aprendizagem, que visam a partilha de ideias e interesses, estimulam o estudante na medida em que tem a possibilidade de criar aplicações, propor linhas de trabalho para objetivos definidos ou ainda a produção de conteúdo que inclui livros de texto, glossários, dicionários, manuais, repositórios de aulas ou ainda tópicos de reuniões (Júnior & Coutinho, 2008).
O conteúdo inserido nas wikis pode ser posteriormente categorizado através de links ou por contexto, com a possibilidade de atualizar sempre que seja pertinente. (Jesuíno, 2015). As modificações e contributos que vão sendo adicionados estão sujeitos a constarem num histórico de entradas e edições que permite rastrear todas as alterações efetuadas pelos utilizadores, verificando não só o que foi alterado, mas sobretudo por quem (Ensgtrom & Jewett, 2005 citado em Jesuíno, 2015). Este registo permite, por um lado, que o professor consiga acompanhar a evolução registada de cada aluno e, por outro, favorece a avaliação por pares já que os estudantes têm livre acesso ao trabalho feito pelos colegas.
O facto de os alunos publicarem o seu trabalho num local público incentiva-os a terem maior cuidado na informação escrita, atendendo ao olhar atento dos professores, mas também à perceção dos colegas. (Gehringer, 2008) envolvendo um maior sentido de responsabilidade ao estudante.
Outros fatores são apontados por Junior & Coutinho (2008) como o estímulo à escrita, a criação de portefólios, gestão de eventos ou o apoio à gestão de tempo e projetos, alargando a lista de vantagens na utilização da wiki.
Segundo Deitel e Deitel (2008 citado em Prestes et al., 2010), outra das oportunidades trazidas pelas wikis são a possibilidade de se integrarem numa rede de inteligência coletiva, fazendo deste espaço digital um local propício para um pensar coletivo -"inteligência coletiva" -e, para pôr a funcionar “um cérebro cooperativo”. Lévy (1998).