O Design Centrado no Usuário (DCU) é uma abordagem de criação de produtos, serviços ou sistemas que coloca as pessoas no centro de todo o processo. Ou seja, antes de pensar em uma solução, a gente busca entender profundamente quem vai usá-la: seus problemas, necessidades, sentimentos e contexto.
No DCU, não partimos só da nossa ideia ou opinião, mas também partimos da escuta ativa de quem realmente importa: o(a) usuário(a). A cada etapa, testamos, ouvimos, ajustamos, e repetimos.
Exemplo: Imagine que estamos criando um aplicativo de organização de estudos para estudantes univertários. Em vez de supor o que eles precisam, vamos conversar com eles, entender suas rotinas, dificuldades e só depois desenhar o app.
Os princípios da DCU são importantes porque ajudam a criar produtos que resolvem problemas reais das pessoas e geram mais valor para o negócio.
A base do DCU é entender para quem estamos criando. É sobre observar, ouvir e considerar a realidade das pessoas em vez de só seguir tendências ou ideias internas.
Exemplo: Criar um site com letras grandes e botões simples ao desenvolver uma plataforma para pessoas com baixa visão.
Nem tudo que parece um problema é a raiz da questão. Muitas vezes, o que vemos é só um sintoma de algo mais profundo. Por isso, investigamos antes de propor soluções.
Exemplo: Um aplicativo tem poucos acessos. O sintoma é a falta de uso, mas o problema real pode ser que as pessoas não entendem como usá-lo ou não veem valor na proposta.
As coisas estão sempre conectadas. Por isso, é importante entender o todo: como o produto se encaixa na vida das pessoas, nas outras tecnologias, nos processos da empresa, etc.
Exemplo: Se você cria um novo botão em um app de delivery, precisa pensar se ele funciona bem com o fluxo de pedidos, com o atendimento, com a logística de entrega e com o que o usuário espera.
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, com respeito e interesse real.
No UX, empatia é o que nos ajuda a entender o usuário de verdade. Não é sobre “sentir pena”, mas sim entender o mundo pela perspectiva dele, sem julgamentos.
Exemplo: Imagine que você está projetando um totem de autoatendimento para uma farmácia. Se você não pensar na altura do equipamento, pode acabar colocando a tela e o botão de confirmação em uma posição alta demais, dificultando o acesso para pessoas cadeirantes. Ao conversar com usuários que utilizam cadeira de rodas, você entende a importância de posicionar os elementos dentro do alcance das mãos, garantindo que qualquer pessoa consiga usar o equipamento com autonomia.