Todos os grandes feitos do mundo foram atingidos por grupos de pessoas. Pessoas com habilidades, defeitos, sonhos e jeitos próprios de ver o mundo. Quando conseguimos encontrar pessoas capazes e com energia, que se alinham com nosso propósito e nossa forma de ver as coisas (nossos valores), nada pode nos deter. Podemos alcançar o que quisermos. Por isso, todo mundo que pretende fazer parte do time tem que entender nossos valores e estar alinhado a eles.
Não estudamos mediação e negociação à toa. Os princípios que nos ajudam nas competições e projetos também guiam a maneira como nos comportamos entre nós. Nossa comunicação é clara e direta, não falamos difícil. Fazemos de tudo para garantir que objetivos e expectativas estejam alinhados. Quando algo sai dos trilhos e surge um conflito, nós resolvemos conversando. Ninguém sabe o que de incrível ou preocupante está passando na cabeça das outras pessoas, por isso sempre ouvimos com atenção todas as ideias, opiniões, sentimentos e posições. Discussões sobre ideias são sempre bem vindas. Julgamento sobre as pessoas normalmente são deixados de lado, eles dificilmente ajudam em algo. Isso fortalece nosso senso de equipe, cria um bom ambiente de trabalho e permite o crescimento das pessoas do time. O diálogo é nossa chave para a excelência e é o que nos diferencia. Não precisamos que ninguém diga como vamos nos organizar porque sempre conseguimos, como time, decidir isso conversando e organizando as coisas com base nos nossos objetivos.
Cada pessoa que faz parte disso deve saber que escolheu fazer parte e que confia em si mesma para dar o melhor de si. E mais: sabe que tem muito a aprender e é capaz de muito mais. O esperado é que você se comprometa com o time. Participe das reuniões. Entenda as iniciativas. Estude, pesquise, vá atrás. Priorize. Chame a responsabilidade para si. Se você não se vê fazendo isso, dedicando energia ao time, é melhor repensar sua escolha de ser parte. Se algo surgiu no meio do caminho que vai impedir que você se dedique ao time, avise e ajuste expectativas - conversando vamos resolver. Não temos uma cultura de cobrança e não teremos. A autorresponsabilidade é o que permite que, quando uma pessoa diz que fará uma tarefa, as demais possam ficar tranquilas porque a tarefa será feita com excelência. Não temos espaço para pessoas que não entendem esse conceito. Por outro lado, sempre que qualquer pessoa do time precisar de ajuda e apoio, o time estará lá para ajudar, com empatia e espírito de equipe. Se estiver passando por um momento difícil, ou não puder ir a uma reunião, ou não estiver muito legal em determinado dia, nós vamos entender e ajudar no que precisar. Temos pessoas incríveis e confiamos nisso.
Esse valor é muito próximo ao da comunicação, mas é tão valioso e presente no dia a dia do time que merece um espaço só para ele. Não temos medo de dizer o que pensamos. Ponto. Nenhuma opinião é controversa demais, nenhuma ideia é indizível. Sempre mantemos o respeito ao expressar nossos pensamentos, mas também sabemos que "medir palavras" pode nos fazer perder tempo precioso. Por isso somos pessoas sinceras e transparentes na maneira de nos expressar. Se algo que outra pessoa disse fez com que você se sentisse desconfortável, expresse isso e peça um pedido de desculpas - com certeza isso vai fortalecer a relação e o time. É muito difícil fazer progresso se não sabemos no que podemos melhorar. Temos muitas pessoas inteligentes e capazes no time, precisamos usar isso para atingir nossos objetivos. Seja sobre a performance na hora de treinar uma declaração de abertura, sobre a qualidade de uma pesquisa, sobre a maneira de expressar uma ideia - feedback (principalmente sobre pontos a melhorar) é o melhor presente que uma pessoa do time pode dar à outra. Se você viu algo que outra pessoa poderia fazer melhor e deixou de (respeitosamente) apontar isso, é o time que sai perdendo. Somos pessoas maduras o suficiente para saber que feedbacks são valiosos demais para deixar nosso ego atrapalhar o aprendizado. O mesmo vale para pontos positivos: nós elogiamos e reconhecemos os avanços, as contribuições, os esforços das pessoas do time. Comemoramos "em voz alta" quando aprendemos algo novo e quando alcançamos algum resultado incrível - compartilhamos as alegrias como um time. Também aplicamos essa transparência nas nossas relações com o mundo lá fora: com a Universidade, com professores, com parceiros, com outros times, etc. Transparência all the way. Nas competições, jogamos limpo. Aprendemos como jogar as regras do jogo, sem inocência ou ingenuidade, e ainda assim de uma forma limpa e honesta (sem desmerecer o trabalho das outras equipes). Nas atividades ao público externo somos muito claras e honestas quanto ao trabalho da Equipe.
A cultura das pessoas quanto à resolução dos conflitos é difícil de mudar. As competições são difíceis de ganhar. Isso já basta em termos de dificuldade - somos um time forte e unido e trabalhamos em conjunto para atingir nossos objetivos. Não criamos competição interna dentro do time porque isso não ajuda ninguém. A tentação de achar que competindo internamente vamos acelerar o desenvolvimento das pessoas do time não nos engana: sabemos que existem jeitos muito mais efetivos de acelerar nosso crescimento. Sabemos que as conquistas são frutos da nossa união e confiança - trabalhamos sempre pelo bem do time e pelo crescimento das pessoas. Valorizamos as vitórias individuais e as relações que construímos sendo parte disso tudo.
Se fosse para ficar "dentro da caixa", a gente seria um grupo de processo civil. Não temos medo de errar, de tentar coisas novas (de softwares a aulas de teatro) e de receber críticas. Aprendemos fazendo. Somos pessoas criativas para encontrar maneiras melhores, mais rápidas e mais "nós" de fazer o que precisamos que seja feito. Por fim, mas possivelmente o mais importante: a gente se diverte. O mundo é sério demais. A gente não precisa se levar tão a sério para aprender e alcançar objetivos incríveis. Temos a oportunidade de compartilhar a existência no mesmo planeta com pessoas tão massa, por que não aproveitar para dar umas risadas no caminho?